No dia 30 de agosto, o ITA realizou uma palestra, ministrada pelo Cel. Av. Hélcio Vieira Jr., do NuCope, sobre o Satélite Geoestacionário Brasileiro de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). Organizada para o Curso de Engenharia Aeroespacial do ITA, a palestra contou com a presença de integrantes de outras organizações do DCTA, como o IEAv, e o Inpe. Os profissionais e os estudantes do ITA fizeram muitas perguntas, demonstrando o interesse e o conhecimento sobre o tema.
O Cel. Hélcio explicou as razões estratégicas para o desenvolvimento deste satélite e destacou a missão dual, que envolve um componente de aplicações de defesa e outro componente de aplicações civis, relacionadas ao Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) e coordenada pela Telebrás.
O satélite encontra-se em fase final de integração na França pela empresa Thales Alenia Space, que ganhou a concorrência internacional para sua fabricação, e deverá ser lançado em sua órbita geoestacionária ao longo de 2017.
Para estar à altura de suas responsabilidades, o Cel. Hélcio esclareceu que um grupo de civis e militares do NuCope foi treinado na empresa Thales em Cannes. Outros integrantes do NuCope foram enviados ao Canadá para aperfeiçoamento no Comando e Controle de Satélites.
O NuCope, em preparação para sua missão, já está operando o satélite EROS-B, fabricado por Israel, e que é capaz de coletar imagens com altíssima resolução a partir de sua órbita heliosíncrona em torno de 510 km de altitude.
O Cel. Hélcio, que fez o seu doutorado no ITA, ressaltou a necessidade constante de formação e aperfeiçoamento dos recursos humanos destinados a operar o SGDC e a importância do papel do ITA no cumprimento desta tarefa. O NuCope e o ITA estudam formas de viabilizar a melhor formação humana para atender as demandas do Força Aérea.
Sobre o satélite
O SGDC ficará posicionado a uma distância de 36 mil quilômetros da superfície da Terra, cobrindo o território brasileiro e o oceano Atlântico. O projeto, uma parceria entre os ministérios da Defesa, das Comunicações e da Ciência, Tecnologia e Inovação, é um investimento da ordem de R$ 1,7 bilhão. A expectativa é entrar em serviço no início de 2017. São cerca de 30 profissionais brasileiros, oriundos da Agência Espacial Brasileira, Telebras, Visiona, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Ministério da Defesa, que acompanham o processo, cada um dedicado a uma área específica. A presença de profissionais brasileiros, militares e civis, faz parte do processo de absorção de tecnologia. A expertise também será útil às organizações em projetos futuros de novos satélites.