IEEE reconheceu atividades ligadas ao sensoriamento remoto por radar
Publicado em 30/08/2023 – 15h35
O Iteano Alberto Moreira, formado em Engenharia Elétrica na Turma de 1984 do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), foi homenageado pelo Institute of Electrical and Electronic Engineers (IEEE), com sede em Nova Iorque, nos Estados Unidos, em reconhecimento às realizações no campo de sensoriamento remoto por radar. Atualmente atuando como diretor do Instituto de Microondas e Radar do Centro Aeroespacial Alemão, Moreira recebeu a medalha IEEE Dennis J. Picard durante o IEEE Vision, Innovation and Challenges Summit and Honors Ceremony, realizado em Atlanta, nos Estados Unidos.
Sendo a maior organização técnica profissional do mundo, o IEEE tem mais de 400.000 membros em cerca de 160 países. Seu principal objetivo é promover a inovação e a excelência tecnológica em benefício da humanidade. As medalhas oferecidas pelo Instituto pertencem ao grupo de prêmios de mais alto nível e, em particular a Medalha IEEE Dennis J. Picard, é concedida por realizações notáveis no avanço das tecnologias de radar e suas aplicações e é patrocinada pela Raytheon Technologies, um conglomerado americano do setor aeroespacial e de defesa multinacional.
Ao reconhecer os trabalhos do professor brasileiro, o IEEE afirmou que “Alberto Moreira é pioneiro na área de sistemas, técnicas e tecnologias de micro-ondas, com particular ênfase no radar espacial de abertura sintética (SAR) para monitorização da Terra. Os conceitos e tecnologias que ele desenvolveu expandiram os limites dos sistemas SAR durante décadas”. “Desde 2001, ele dirige o Instituto de Microondas e Radar do Centro Aeroespacial Alemão. Durante o seu tempo lá, Moreira concentrou consideráveis esforços do Instituto em missões SAR inovadoras que fornecem os dados essenciais para enfrentar grandes desafios sociais, como as alterações climáticas, a monitorização ambiental e o desenvolvimento sustentável”, continuou.
Durante a cerimônia de entrega do prêmio, Moreira agradeceu e se disse honrado. Sobre o futuro, informou que há dez anos está trabalhando em uma nova forma de ver a Terra com base num conjunto de satélites que fará imagens tomográficas do planeta. “É como na medicina, quando o médico não sabe o que está acontecendo e solicita que você faça uma tomografia, e isso é o que precisamos para a Terra, para entender o que está mudando no meio ambiente, o que está acontecendo com as alterações climáticas e então sermos capazes de tomar as decisões corretas para mitigar essa realidade”, explicou.
Foto: Robb Cohen Photography & Video.
Fonte: ITA / German Aerospace Center (DLR)