Durante o período de 6 de maio a 14 de junho, a plataforma CubeSat do projeto SPORT (Scintillation Prediction Observations Research Task) passa por testes funcionais no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE. O objetivo é de validar o desenvolvimento e a integração dos sistemas, tanto da plataforma quanto das cargas úteis.
Estes testes, são conhecidos pela comunidade CubeSat, como FlatSat e trata-se de uma série de testes tanto de integração das estruturas e eletrônicas, quanto do próprio funcionamento dos sistemas integrados, incluindo as cargas úteis. Para tal, está sendo utilizado o Laboratório de Integração e Testes (LIT), do INPE.
Representantes da Universidade de Utah e da Agência Nacional de Administração Espacial (NASA), também estão em São José dos Campos na realização dessas atividades. Posteriormente, haverá um encontro com a NASA para validar esses resultados e, aprovando, o projeto passa para próxima etapa.
Na sexta-feira, 7 de junho, o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Augusto Teixeira de Moura, visitou o LIT para conhecer pessoalmente o projeto, que ele próprio assinou o Memorando de Entendimento para desenvolvimento desse projeto com a NASA, em março desse ano. Segundo o presidente da AEB, o SPORT demonstra como estamos aderentes as modernas demandas do mundo, oferecendo cooperação internacional, soluções de baixo custo e alta qualidade na engenharia. “O SPORT é um modelo de que nossos estudos científicos, no setor espacial, são correlatos as necessidades da sociedade brasileira, já que pesquisa um assunto que afeta, por exemplo, a agricultura de precisão e cidades inteligentes”, completa.
Projeto SPORT
O SPORT é um cubesat em formato 6U, com a mesma dimensão do ITASAT, mas muito mais complexo. O projeto visa pesquisar a camada ionosférica, que é extremamente importante para a transmissão de ondas de rádio e para a precisão do sinal de GPS, por exemplo. O que ocorre é que a camada ionosférica é susceptível à formação de bolhas de plasma e cintilações, principalmente nas regiões próximas ao equador magnético, e estes fenômenos causam distúrbios diversos. A situação pode ser agravada pela ocorrência de tempestades solares que lançam grandes quantidade de radiação ionizante em direção à Terra.
Participam do projeto pelo ITA uma equipe de 20 pessoas, além do time do ITA, do Inpe, das Universidades Estadual de Utah, Universidade do Texas em Dallas e Universidade do Alabama em Huntsville. Há também uma carga útil da empresa Aerospace e outra da NASA Goddard. O lançamento do cubeSat SPORT está previsto para 2020, da Estação Espacial Internacional (ISS).
Fonte: Divisão de Comunicação Social do ITA