No período de 29 de agosto a 2 de setembro deste ano, uma equipe do ITASAT composta por quatro integrantes e liderada pela engenheira Lídia Sato esteve em missão na Holanda para finalizar a preparação do nanossatélite ITASAT para voo e integração no dispositivo de lançamento (QuadPack).
Após a etapa de montagem, integração, testes e verificação realizada em maio na Holanda, a equipe do ITASAT retornou ao Brasil e trabalhou intensamente na criação de uma versão mais atualizada e robusta do software de bordo, versão esta que foi carregada no hardware de bordo antes dos processos finais de montagem e integração no dispositivo de lançamento.
Uma vez atualizado o software de bordo, a equipe se concentrou nas atividades relacionadas ao levantamento da assinatura do satélite, onde foram verificados os parâmetros operacionais que serão usados como base durante a fase de comissionamento. Nesta etapa o objetivo foi exercitar as rotinas de comissionamento e a verificação de parâmetros operacionais do satélite durante suas primeiras órbitas que garantem seu status operacional e disponibilidade para início dos testes dos experimentos.
Após a execução dos testes funcionais e do exercício das rotinas de comissionamento do satélite, foi dado início a preparação do satélite para voo e integração no dispositivo de lançamento, acompanhado pela equipe da empresa ISL, provedora do lançamento, fechando-se assim a revisão de prontidão de voo, que de maneira geral, teve como objetivo verificar se o satélite está dentro dos requisitos exigidos pelo lançador e preparado para voo.
Ao final desta missão, o nanossatélite ITASAT foi integrado com êxito no dispositivo de lançamento (QuadPack) e permanece aguardando a confirmação da data de lançamento pelo lançador Falcon-9.
No seu último dia de trabalho, a equipe foi surpreendida pela notícia da explosão do Falcon-9 na base em Cabo Canaveral, Estados Unidos. Embora tenha havido ainda muito otimismo por parte do provedor de lançamento, para a empresa ISL, a data de lançamento prevista para o fim de outubro seria afetada em apenas algumas semanas.
Mas essa não é a opinião do Dr. Luís Loures, gerente do ITASAT. “Em casos assim, há a constituição de uma comissão de investigação para levantar as causas do acidente e recomendar alterações técnicas ou de procedimento. Como nenhuma autoridade civil, nem nenhuma companhia de seguros deve referendar um lançamento sem que isso ocorra, creio que teremos um adiamento um pouco maior”, afirmou Loures.
Qualquer que seja a decisão com relação à data da missão, o ITASAT já está preparado para lançamento. Se o adiamento for maior que cinco meses, outra etapa deverá ser organizada para recarregar as baterias do satélite, mas em princípio, o satélite está preparado para desempenhar sua missão em órbita.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social - ITA