Rede propiciará o compartilhamento de dados e de processamento computacional
Publicado em 06/10/2022 – 15h25
Na última quinta-feira (29), o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), representado pelo Reitor do ITA, Professor Doutor Anderson Ribeiro Correia, acompanhado pela Professora Doutora Cecilia de Azevedo Castro Cesar, coordenadora da iniciativa por parte do ITA, e o Tecnologista Bolis Rodrigues Petrusanis, da Divisão de Tecnologia da Informação e da Comunicação do DCTA, compareceu à sede da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP, para participar do lançamento da rede de fibra ótica de alta velocidade, batizada de Backbone SP.
A nova rede interligará as universidades estaduais de São Paulo (USP), Presbiteriana Mackenzie, Paulista (Unesp) e de Campinas (Unicamp), além das federais de São Paulo (Unifesp), de São Carlos (UFSCar), do ABC (UFABC) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
Com uma velocidade de 100 Gbps (Gigabits por segundo), a rede, além de conectar essas universidades brasileiras, permitirá também a conexão com instituições estrangeiras, e propiciará o compartilhamento de dados e de processamento computacional.
O ITA faz parte do comitê gestor da Rednesp (Research and Education Network at Sao Paulo), uma rede acadêmica própria da Fapesp, que operará um novo backbone de rede, ou seja, uma nova estrutura de suporte. A participação do ITA no comitê gestor é de grande importância, uma vez que participa das decisões e avaliações da Rednesp e é diretamente beneficiado por estas iniciativas.
Atualmente, na Internet, circula um conjunto grande de dados, o chamado BigData, que se refere a dados gerados em volumes cada vez maiores. Se as universidades não tiverem acesso a comunicação de grandes volumes de dados com velocidade crescentes, suas pesquisas serão prejudicadas.
A cooperação entre as universidades pode ser impulsionada com esta grande facilitação da comunicação. Além disso, a rede de alta velocidade também disponibiliza a infraestrutura necessária para que as instituições apoiadas por ela possam usufruir da tecnologia 5G em implantação no país.
Com as novas redes 5G, cada vez mais serão gerados dados nas bordas da Internet o que pode acabar por congestionar a estrutura central se não for corretamente dimensionada. Ao aumentar a capacidade do backbone, se permite que várias aplicações novas possam surgir, como por exemplo no âmbito da aeronáutica, o controle de voo de drones pela rede. Esta possível aplicação demanda dados fluindo até um ponto de controle e comandos retornando ao drone com atraso mínimo. Sem uma estrutura adequada isto não é possível.
“O ITA vai passar de uma capacidade de 2 para 100 Gbps, nossa velocidade de conexão vai ficar 50 vezes mais rápida. O cronograma prevê que a implementação comece a partir de fevereiro de 2023. Não só o ITA vai ser beneficiado, mas também todo o DCTA” declarou o Reitor do ITA.
Fonte: FAPESP e ITA
Edição: ITA
Revisão: ACS-DCTA
Imagem: ITA