De 3 a 6 de novembro aconteceu no DCTA, a 18ª Competição SAE BRASIL AeroDesign 2016.
Em 2015, a equipe Leviatã, do ITA, recebeu também os prêmios de Melhor Projeto, Maior Peso Carregado (14,1 kgf em um avião que pesa apenas 3 kgf) e Maior Acuracidade. A vitória rendeu a ida, em março de 2016, aos Estados Unidos para representar o Brasil na SAE AeroDesign East, juntamente com as equipes da USP São Carlos, vencedoras nas classes Regular e Micro.
A competição é baseada em desafios reais enfrentados pela indústria aeronáutica, e reune mais de mil universitários do Brasil e do exterior. "O DCTA tem orgulho de sediar e apoiar uma das competições acadêmicas mais promissoras da área de engenharia. Um evento como o AeroDesign proporciona uma importante experiência extracurricular na formação dos futuros engenheiros, desafiando-os a gerir o projeto de um avião em todos os seus aspectos, estimulando-os à criatividade e à inovação, além do trabalho em equipe”, explicou o Diretor-Geral do DCTA, Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Egito do Amaral.
O reitor do ITA, professor Anderson Ribeiro Correia, declarou que "esse evento é de grande envergadura. São 95 equipes, sendo 88 brasileiras de 17 estados da federação e 7 estrangeiras, incluindo México, Venezuela e Polônia". Além disso, o reitor destacou a importância do processo de aprendizagem da competição, a cooperação com várias escolas e a importância da experiência vivenciada na futura vida profissional destes estudantes.
A edição 2016 contou com 22 equipes de São Paulo, 17 de Minas Gerais e sete do Rio Grande do Sul. Rio de Janeiro e Paraná foram representados por seis equipes cada, Santa Catarina cinco e Rio Grande do Norte com quatro. Pernambuco e Distrito Federal com três equipes cada. Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso e Paraíba, com duas, e Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí e Sergipe com uma equipe cada. Entre as estrangeiras, quatro equipes eram da Venezuela, duas do México e uma da Polônia.
Na Classe Regular, pela primeira vez os aviões tiveram que ter dimensões compatíveis com o espaço definido por um cone com base de 2,5 metros de diâmetro e altura de 75 centímetros. Além disso, as aeronaves foram liberadas para transportar como carga útil materiais de quaisquer tipo e dimensões – exceto chumbo. A categoria segue restrita a aeronaves monomotores.
Na Classe Advanced, os aviões tiveram que apresentar aumento do conteúdo de eletrônica embarcada. Além do tempo de voo, os sistemas a bordo tiveram que computar a velocidade. Caiu por terra a restrição de peso vazio, mas, quando carregadas, as aeronaves não deveriam exceder 35 Kg. Permaneceram de livre escolha o tipo de propulsão (combustão ou elétrica) e o número de motores, assim como deixou de existir a limitação de máxima cilindrada para o grupo motopropulsor. Em contrapartida, a área total das hélices não puderam ultrapassar 0,052 m². Como na Classe Regular, as aeronaves também puderam transportar como carga útil materiais de quaisquer tipo e dimensões – exceto chumbo.
Na Classe Micro, bolas de tênis não eram mais obrigatórias e as aeronaves puderam transportar como carga útil materiais de quaisquer tipo e dimensões – exceto chumbo. Outra novidade éfoi a possibilidade de lançar a carga durante os voos – ganharam pontuação adicional as equipes que conseguiram realizar lançamentos com sucesso. Nesta categoria não há restrição de geometria ou número de motores – todos elétricos – porém, as equipes tiveram que ser capazes de desmontar o avião depois de voo, e transportá-lo desmontado em caixa de volume de 0,1 m³.
“A prática proporcionada pelas competições estudantis da SAE BRASIL e a experiência do trabalho em equipe na gestão de um projeto completo de engenharia em toda a sua abrangência são oportunidades raras para os estudantes de engenharia”, analisa Frank Sowade, presidente da SAE BRASIL.
Avaliações - Na Competição SAE BRASIL AeroDesign as avaliações são realizadas em duas etapas: Competição de Projeto e Competição de Voo, conforme regulamento. Ao final do evento, duas equipes da Classe Regular, uma da Advanced e uma da Classe Micro, que tiveram as melhores as pontuações, ganharam o direito de representar o Brasil na SAE AeroDesign East Competition, em 2017, nos EUA, onde equipes brasileiras acumulam histórico expressivo de participações: oito primeiros lugares na Classe Regular, quatro na Classe Advanced e um na Classe Micro. A SAE AeroDesign East Competition é realizada pela SAE International, da qual a SAE BRASIL é afiliada.
Organizado pela Seção Regional São José dos Campos, da SAE BRASIL, o Projeto AeroDesign é um programa de fins educacionais que tem como principal objetivo propiciar a difusão e o intercâmbio de técnicas e conhecimentos de engenharia aeronáutica entre estudantes e futuros profissionais da engenharia da mobilidade, por meio de aplicações práticas e da competição entre equipes, formadas por estudantes de graduação e pós-graduação de Engenharia, Física e Tecnologia relacionada à mobilidade. Reconhecida pelo Ministério da Educação, a competição conta com o apoio das instituições ADC Embraer, DCTA, ITA, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e Prefeitura de São José dos Campos.
Assessoria de Comunicação Social – ITA
Texto Adaptado da Fonte: Força Aérea Brasileira